Autismo e Eleições: Kauann não vê a hora de exercer seu papel de cidadão

Nas redes sociais, Kauann Lagos se define como "Presidente do Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha", um dos colégios mais tradicionais de Paranaguá. Esse é um pequeno exemplo de alguém que é apaixonado por política. 

O jovem de 22 anos é autista nível de suporte 2 e estuda na Escola Municipal de Educação Especial “Profª. Eva Tereza Amarante Cavani”.

Desde que completou a idade exigida para votar, Kauann demonstra grande interesse pelo assunto e não vê a hora de exercer seu papel de cidadão.

"Faço questão de votar porque estou fazendo meu papel de cidadão com a Justiça Eleitoral", explica ele.

Esse ano, as eleições municipais que vão definir os prefeitos e vereadores das cidades, acontecem no dia 6 de outubro e Kauann já está com o título pronto para entrar em ação e ele é criterioso na hora de escolher os seus candidatos.

"Eu analiso as propostas e acompanho o horário eleitoral gratuito na TV", conta.

Felizmente, Kauann não está sozinho, ao que tudo indica, o interesse e a participação dos jovens na política crescem consideravelmente. 

Segundo Dados obtidos a partir da página de estatísticas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o comparecimento médio de jovens de 16 e 17 anos aumentou 52,3% entre 2018 e 2022. Mais de 2,1 milhões de eleitoras e eleitores nessa faixa etária estavam aptos a votar neste ano e, em média, 1,7 milhão foram às urnas. Em 2018, essa parcela do eleitorado (para a qual o voto é facultativo) era de 1,4 milhão de jovens. Naquele mesmo ano, o comparecimento médio foi de 1,1 milhão.

Vale lembrar que o voto é obrigatório a partir dos 18 anos, mas o jovem com 15 anos, que completar 16 anos até a data do 1º turno da eleição, pode se alistar e votar.

E para os jovens que não se interessam por política e não pretendem votar nessas eleições, Kauann deixa um recado.

"Vocês devem votar, cumprir seu papel e fazer valer a cidadania", finaliza nosso eleitor exemplar.